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Amazonas apresenta queda no número de mortes e de internações por Covid-19

Queda foi registrada em todas as faixas etárias, mas foi maior entre quem tem 60 anos ou mais, justamente o grupo que tem mais pessoas já vacinadas

30/06/2021 às 13h34 Por:
Amazonas apresenta queda no número de mortes e de internações por Covid-19 Foto: Divulgação

Da Redação

Manaus/AM - Um levantamento feito pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas mostra uma tendência de queda no número de mortes e de internações por Covid-19, no estado. A queda foi registrada em todas as faixas etárias, mas foi maior entre quem tem 60 anos ou mais, justamente o grupo que tem mais pessoas já vacinadas.

 

O número de sepultamentos voltou aos índices de 2019, antes da pandemia, com média de 35 por dia. Na semana passada, houve momentos nos cemitérios de Manaus em que não havia vítima de Covid para sepultar, um alívio.

 

“Em janeiro nós chegamos a sepultar 3716 pessoas, desse universo, 700 pessoas de Covid. Aqui neste cemitério só em um dia 112 pessoas. Houve um momento em que a gente foi aproveitando os espaços que restavam para que a gente pudesse sepultar as pessoas da forma mais digna”, disse o Secretário Municipal de Limpeza Pública, Sebastião Reis.

 

“Saber que a população está se cuidando um pouco mais, que metade dela, da cidade de Manaus, está vacinada, isso dá um certo alívio e uma certa tranquilidade com relação ao nosso trabalho”, afirmou.

 

A taxa passou de 879 mortes a cada 10 mil habitantes, em janeiro, para 53, no final de maio, o que representa uma redução de 94%.

 

A queda no número de internações por Covid nessa faixa etária também foi significativa, de 90%, mais um indicativo da eficiência das vacinas em evitar casos graves.

 

“Isso é parte da proteção da vacina, em especial nesses grupos, uma vez que a vacinação não aumentou tanto ou não avançou tanto quanto a gente queria em outros grupos e principalmente em faixas etárias mais jovens. Nesse grupo de mais idosos, eu acredito que isso já é efeito da proteção da vacina”, afirmou Felipe Naveca, vice-diretor de Inovação E Pesquisa Da Fiocruz/Amazônia.

 

Apesar das mortes terem caído, o número de novos casos ainda é alto. A preocupação dos especialistas é que com a vacina chegando a mais gente, principalmente entre a população jovem, a sensação errada de que voltamos à normalidade tome conta e os cuidados com a prevenção sejam deixados de lado. É preciso lembrar que a segunda dose é imprescindível.

 

“Imunidade parcial significa que o vírus pode continuar infectando. Mesmo com as duas doses, a pessoa pode ser infectada, dificilmente ela vai ter um quadro grave. Essa pressão da vacina, principalmente de uma vacinação parcial, pode selecionar vírus que sejam resistentes àquela dose da vacina”, afirmou Naveca.

 

Depois de quase três meses se recuperando em casa, o militar reformado Solimar Nascimento, de 66 anos, foi tomar a primeira dose. Ele ficou mais de dois meses internado, 12 dias intubado.

 

E já não vê a hora de completar o ciclo de imunização contra a doença que quase o tirou da família:

 

“É uma felicidade que eu aguardava e chegou a hora muito feliz mesmo (edita e cobre) tomar essa vacina. Estou esperando chegar a outra data já, tem que tomar as duas doses para ter o trabalho feito”, disse.

 

*Com informações do G1 Amazonas