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Tradicional é campeã do 25º Festival de Cirandas de Manacapuru

A Majestosa defendeu no domingo (3) o tema “Eldorado Encantado”, uma exaltação às riquezas naturais, gastronômicas, culturais, influências europeia e orientais de Manacapuru

04/09/2023 às 18h54 Por:
Tradicional é campeã do 25º Festival de Cirandas de Manacapuru Foto: Márcio James

Da Redação

Manaus (AM) - O Grêmio Recreativo e Folclórico Ciranda (GRFC) Tradicional, a Majestosa da Terra Preta, conquista o bicampeonato no 25º Festival de Cirandas, totalizado 280 pontos após o final da apuração de notas realizada nesta segunda-feira (4), no Parque do Ingá, o Cirandódromo de Manacapuru (distante 78 quilômetros em linha reta de Manaus).

 

Com o tema “Muricariuas”, apresentado na sexta-feira (1º), GRFC Flor Matizada fica em segundo lugar com 279,3 pontos e em terceiro está o GRFC Guerreiros Mura com 278,3 que se apresentou no sábado (2) com “Urihi: Terra-floresta”.

 

A Majestosa defendeu no domingo (3) o tema “Eldorado Encantado”, uma exaltação às riquezas naturais, gastronômicas, culturais, influências europeia e orientais de Manacapuru. Agora a agremiação detém seis títulos oficiais do festival. O presidente Magal Pinheiro frisou que a apresentação realizada ontem (3) mostrou que a ciranda vem se preparando para o título desde março deste ano.

 

“Com certeza. Eu sabia que a ciranda Tradicional tinha uma apresentação diferenciada desde o início. A gente não procura fazer ciranda no mês de março, mas o ano todo a gente vive ciranda. A gente se organiza para que tudo dê certo, tudo ocorra como planejado conforme o conselho de arte trabalha. A Tradicional fez um belíssimo festival. Parabéns as duas agremiações, mas a ciranda foi merecedora de ser bicampeã do festival 2023”, declarou.

 

Vanessa Mendonça, presidente do GRFC Flor Matizada, após o fim da apuração declarou que embora não concorde com algumas notas, principalmente atribuídas ao cordão de cirandeiros. Ela demonstrou está conformada com o resultado, por não ter ficado em terceiro lugar, mas não está satisfeita. A dirigente garante que agora a missão é pensar em uma nova ciranda e em um novo espetáculo para 2024.

 

“A gente trabalha para ser campeão. O nosso trabalho foi árduo e difícil pelo que aconteceu há um ano no Parque do Ingá. Eu não vou quebrar o troféu e nem fazer confusão. Vou preparar uma nova ciranda e um novo espetáculo para o ano que vem. A minha ciranda brilhou como deveria brilhar. Fizemos um bom trabalho. O meu cordão de cirandeiros, embora as notas baixas, ele é considerado por toda cidade como o melhor do festival. Tem alguns critérios de julgamento que não condiz com a realidade”, disse a presidente.

 

Renato Telles, presidente do GRFC Guerreiros Mura, demonstrou total insatisfação com o terceiro lugar. Ele durante a leitura de notas fez graves acusações no que concerne compra de jurados esse ano sem apresentar provas ou citar diretamente nomes. A representante do bairro Liberdade teve várias notas nove em muitos itens o que a deixou na lanterna da competição.

 

“O nosso dever está cumprido do que viemos fazer aqui: um belíssimo festival, uma apresentação digna de campeonato, mas infelizmente cantamos a pedra antes de se apresentar. E nós já sabíamos quem iria ganhar o festival, com algumas pessoas envolvidas. É uma vergonha isso aí. Feio tudo isso aí e feio também para o festival. A gente só tem a perder com isso”, declarou Telles.

 

O eldorado é Manacapuru

O tema “Eldorado Encantado” era o subtema da apresentação do GRFC Tradicional no ano de 2022, que devido a uma torrencial chuva não foi executada no Parque do Ingá. A comissão de arte decidiu transformá-lo em mote para 2023 e conquistar o bicampeonato. A última vitória no ano de 2019 cujo tema era “Alado”. No início da apresentação ontem (3) cada item feminino foi trazido ao Cirandódromo representando uma riqueza de Manacapuru. A Porta-cores, Meire Matos, veio como a Guardiã Dourada.

 

O cantador de Cirandadas, Bruno Souza, defendeu o item 4 - Cirandada, Letra e Música com a canção Eldorado Encantado de Magadiel Pinheiro e Demétrius Haidos. Em seguida o Galo Bonito, tradicional figura da dança de Ciranda, entrou na arena para compor o espetáculo representando a chegada dos europeus em Manacapuru.

 

A cirandeira bela, Maylin Menezes, trazida para a evolução pela Iara, representava As riquezas dos Rios Manacapuru, Solimões e Miriti. A princesa cirandeira, Ana Karla Pétit, no último ato da apresentação celebrou a própria ciranda Tradicional como a riqueza cultural de Manacapuru. Outro destaque estava com o cordão de cirandeiros, intitulados de “Tesouro Encantado”, pois na enrendo, eles são a verdadeira riqueza da ciranda do bairro Terra Preta.

 

Impasses

O presidente da comissão julgadora, Renato Salles, informou que após uma agremiação entrar com recurso, as notas do jurado João Fernandes, artista e idealizador do Casarão de Ideias, não seriam lidas. O motivo do descarte e nem o nome da ciranda que entrou com o pedido foram divulgados. A apuração seguiu com apenas seis jurados sendo: Michael Nunes, Gabriel Titan, Cícero Belém, Cacilda Pereira, Carla Martins e Mário Moura.

 

Um impasse no início da apuração de hoje (4) definiu que a Torcida Organizada Tradicional (TOT), Raça Mura e a Família Matizada (Fama) levam o título de melhor torcida do festival, uma vez que os presidentes questionaram que os jurados atribuíram as notas para esse item apenas no domingo (3), data em que apenas uma torcida estava presente no Cirandódromo, o que comprometeria a avaliação dos outros dois grupos. Em comum acordo as três torcidas são consideradas campeãs esse ano.

 

Fonte: Portal A Crítica