11/03/2024
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Foto: Divulgação
A Corregedoria da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar graves denúncias de abuso sexual envolvendo um investigador lotado no município de São Gabriel da Cachoeira. O servidor, que não teve a identidade revelada, é acusado de ter forçado cinco detentos a manter relações sexuais dentro de uma cela.
As informações iniciais apontam que o episódio teria ocorrido após o policial retornar à unidade em estado de embriaguez, depois de participar de uma festa. Segundo relatos colhidos pelo G1 Amazonas, o agente teria se aproveitado de sua função e da condição de vulnerabilidade dos presos para cometer os abusos.
Durante o momento de tensão, os detentos conseguiram desarmar o policial, retirando sua arma de fogo. A reação dos presos indica a gravidade da situação e o nível de descontrole em que o agente supostamente se encontrava.
Na manhã seguinte, os detentos relataram o ocorrido ao delegado titular da cidade e apresentaram a arma como prova das agressões sofridas. Diante da denúncia e do relato consistente das vítimas, a chefia local comunicou o caso imediatamente à Corregedoria da Polícia Civil.
Os presos já foram ouvidos oficialmente e confirmaram detalhes da suposta coerção e das práticas abusivas. A investigação tramita sob sigilo, e o policial foi afastado de suas funções enquanto o PAD segue em andamento.
Em nota, a Polícia Civil do Amazonas afirmou que todas as denúncias contra servidores são encaminhadas à Corregedoria-Geral para apuração rigorosa, reforçando que a instituição não tolera desvios de conduta.
"Todas as denúncias são apuradas de forma rigorosa pela Corregedoria-Geral, reafirmando o compromisso da PC-AM com a integridade institucional”, diz a nota enviada à imprensa.
A corporação informou ainda que o caso já está sob análise da Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas, que poderá adotar medidas administrativas e criminais.
Se confirmadas as acusações, o servidor poderá responder por crimes sexuais, abuso de autoridade e violação dos direitos humanos de pessoas sob custódia do Estado.
11/03/2024
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