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Traficantes do Amazonas estão entre presos em operação mais letal da história do Rio de Janeiro

Megaoperação contra o Comando Vermelho deixou 119 mortos e prendeu criminosos de vários estados

29/10/2025 às 15h27 Por: Redação - Manaus (AM)
Traficantes do Amazonas estão entre presos em operação mais letal da história do Rio de Janeiro Policiais algemam suspeito durante megaoperação — Foto: Mauro Pimentel/AFP

Traficantes do Amazonas estão entre os presos na megaoperação policial deflagrada nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada nesta quarta-feira (29) pela Polícia Civil fluminense, que classificou a ação como a maior e mais letal já registrada no estado.

 

De acordo com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, 33 dos 133 presos são de outros estados, entre eles Amazonas, Ceará e Pernambuco. Segundo o secretário, o avanço das investigações aponta que líderes do Comando Vermelho têm se deslocado para o Rio, de onde emitem ordens e controlam operações criminosas em diferentes regiões do país.

 

“Temos criminosos do Amazonas, Ceará e Pernambuco. A inteligência mostra que chefes com poder de decisão em seus estados estão vindo para o Rio e, daqui, determinam ordens de morte”, declarou Curi. As autoridades não divulgaram a identidade dos presos nem o detalhamento por estado.

 

O balanço oficial da operação, divulgada pelo Palácio Guanabara, contabiliza 119 mortos, 133 prisões, 10 apreensões de menores, 118 armas — sendo 91 fuzis — e 14 artefatos explosivos apreendidos. A ação, iniciada na terça-feira (28), tinha como principal objetivo desarticular o núcleo de liderança do Comando Vermelho, apontado como responsável por expandir a atuação da facção em outros estados.

 

Durante a madrugada desta quarta-feira, moradores do Complexo da Penha relataram ter encontrado dezenas de corpos em áreas de mata e os levaram até a Praça São Lucas. O governo do Rio confirmou que haverá perícia para apurar se as mortes adicionais têm ligação com os confrontos ocorridos durante a operação.

 

As imagens de moradores transportando corpos pelas ruas geraram forte repercussão nacional e internacional, reacendendo o debate sobre a letalidade policial no Rio de Janeiro. Apesar das críticas de entidades de direitos humanos, o governador Cláudio Castro (PL) classificou a ação como “um sucesso”, afirmando que “as vítimas foram apenas criminosos”.