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Foto: Divulgação

Durante a programação do Festival de Investimentos de Impacto e Negócios Sustentáveis da Amazônia (FIINSA COP30), nesta segunda-feira (10/11), em Belém (PA), foi lançada a Zôma, iniciativa do Idesam voltada a fortalecer o ecossistema de empreendedorismo sustentável na região. O programa nasce com o objetivo de apoiar empreendedores, pesquisadores e negócios de base comunitária e tecnológica que promovam uma economia de floresta em pé.

 

Segundo Renato Rebelo, líder da iniciativa, a Zôma representa um novo passo na jornada do Idesam em direção a modelos econômicos mais sustentáveis e inclusivos. “Queremos apoiar quem está no início da jornada, aqueles que têm uma ideia, um protótipo ou produto, mas ainda não conseguiram acessar o mercado. O propósito é preparar essa base para o crescimento e para uma economia que valoriza a Amazônia viva”, afirmou.

 

Com formato de venture builder amazônica, a Zôma vai atuar como geradora e cofundadora de negócios, oferecendo suporte técnico, jurídico, administrativo e de marketing. Os participantes também terão acesso a mentorias e conexões com investidores e mercados estratégicos.

 

De acordo com Kaline Rossi, coordenadora do programa, a iniciativa terá foco especial em negócios de base comunitária, apoiando cooperativas, associações e pequenas empresas ligadas a cadeias produtivas como castanha, cacau, óleos vegetais, fibras e resinas. “Queremos fortalecer quem está na base da floresta, oferecendo apoio para formalização, gestão e acesso a mercados. Pequenas ações podem gerar grandes transformações”, destacou.

 

Na vertente tecnológica, a Zôma pretende transformar pesquisas científicas em soluções de mercado. O coordenador Paulo Simonetti explicou que a iniciativa vai ajudar pesquisadores a validar produtos e acessar clientes e investidores. “Muitos cientistas têm ideias incríveis, mas não encontram o ambiente certo para empreender. A Zôma vai conectar ciência, mercado e floresta”, afirmou.

 

O lançamento incluiu o anúncio do Desafio Bioinovação Amazônia, primeira chamada internacional do programa, com apoio do Bezos Earth Fund e da Penn State University. A ação vai mapear oportunidades tecnológicas ligadas a cadeias produtivas da Amazônia, como castanha e açaí, e promover trocas entre pesquisadores locais e mentores internacionais.

 

Com início das atividades previsto para janeiro de 2026, a Zôma deve incubar 10 negócios amazônicos no primeiro semestre, criando uma base de empreendimentos preparados para acessar programas de aceleração e investimento. As inscrições já estão abertas no site: https://chamadas.idesam.org/zoma.